quinta-feira, junho 28, 2007

Petulância

Já se sabe que ironia fina é apanágio do cavalheiro, mas não deixa de ser desconcertante ser um Bob Dylan de 65 anos a lançar um álbum - o seu último - com o título demolidor de "Modern Times" (2006).

Quanto a questões redundantes, o disco é soberbo.

E o vencedor é...

Este foi o filme (anuncio de televisão/cinema) que venceu o grande prémio no festival de publicidade em Cannes.



Os restantes vencedores podem ser vistos aqui

quarta-feira, junho 27, 2007

Flexisegurança

Nadia, Montreal, 1976

Interesting 2007

Dia 16 de Junho tive o prazer de assistir a uma conferência em Londres organizada pelo Russell Davies, chamada Interesting 2007. Quem lá esteve concorda que foi fenomenal, mas também sabe que dificilmente vai conseguir explicar o que se passou.
A conferência não tinha nenhum assunto em particular, não era sobre publicidade, não era sobre politica, não era sobre nenhum tema específico. As apresentações foram feitas por um conjunto de pessoas convidadas pelo Russell Davies para falar sobre temas que consideravam interessantes. Isto quer dizer que os temas foram tão variados como os interesses das 24 pessoas que falaram.
Como a maioria dos presentes tem blogs (ou outra ferramenta 2.0) o que se passou lá, já está a circular no fabuloso mundo da Internet.
Como não consigo explicar o que se passou se calhar o melhor é verem por vocês mesmos: aqui, aqui ou então para terem um panorama geral aqui.
Quando existirem conteúdos novos ponho-os aqui.

Truth in Advertising

A redenção da Humanidade.

quarta-feira, junho 20, 2007

O futuro em 1993

Encontrei neste blog um anuncio da AT&T de 1993 com uma visão do futuro.
Estou assim tão velho?

Menos um

Para terminar os meus comentários ao debate de ontem da corrida à CMLx apenas uma referência à extraordinária proposta (no pior dos sentidos) de Fernando Negrão em construir mais estacionamentos na zona da baixa de modo a criar meios e estruturas para receber mais carros naquela área lisboeta. De início ainda pensei que fosse uma brincadeira mas com o decorrer dos minutos percebi que era mesmo uma ideia séria e fundamental no seu programa. Ficou mesmo a ideia que o candidato em causa deveria estar na tal II Divisão. Poupava o eleitor e dava mais tempo de debate aos outros candidatos. Que desça então para a série B.

Campeonatos

Outra clarificação que ficou evidente do debate de ontem entre 7 dos 12 candidatos nas intercalares de Lisboa foi a separação das águas no que toca aos campeonatos em competição. Ficou patente que há uma I Liga, composta pelos 7 magníficos reunidos na mesa redonda de ontem, e uma II Liga onde participam os restantes cinco. Tudo às claras. Agora resta a cada eleitor acompanhar a competição que preferir. Pessoalmente não tenho qualquer tipo de dúvidas: nunca acompanhei nenhuma liga que não fosse a principal. O meu benfiquismo é parte integrante do meu dia-a-dia, mesmo nas questões de participação política e de cidadania.

Podem encomendar as faixas #2

Depois do debate de ontem na SIC Notícias com parte dos candidatos à câmara municipal da capital nas próximas eleições intercalares, verifiquei que a questão do Candidato John Lennon também já está arrumada. Helena Roseta dispensou qualquer tipo de concretização programática (o que é isso no jogo político-eleitoral do novo século!?), mas mostrou-se inabalável na sua postura Give Peace a Chance. Muito rock n' roll e do activista, que fica sempre bem.

terça-feira, junho 19, 2007

O que se tem folheado














O primeiro (da esquerda) foi um fantástico companheiro de viagem. Um folhetim de luxo. Bravo. O segundo, formidável, foi lido com mais cerimónia e protocolo. A edição da Penguin Popular Classics - a minha - aproxima o leitor demasiado perto dos terrenos, digamos que pouco confortáveis, da cegueira. De qualquer forma, valeu bem a pena.

Agur

Lição de personalidade. É isso que fica do contacto com aquela gente (no melhor dos sentidos). Para além de tudo. Para além da orgia gastronómica permanente, das belíssimas praias que vão muito mais além do que charcos mediterrânicos de outras bandas, de uns adeptos de futebol que só podem existir em clubes com toneladas de orgulho próprio, da simpatia desinteressada de todos, do facto de por lá ter finalmente encontrado isto, do cosmopolismo regional que só pode ser considerado uma contradição por quem nunca o conheceu, do txicoli e por aí fora. Lição de personalidade é o que fica. Agur.

Banksy

"A lot of people never use their initiative because no-one told them to"
Mas alguns usam e bem. http://www.banksy.co.uk/

Porque o espectador tem direito...

David Chase, Tell Us If Tony Soprano Is Dead!

Sign petition online: http://www.petitiononline.com/tsoprano/petition.html

Movies in a nutshell

A condensação dos argumentos ao absurdo, e.g., O padrinho:

Marlon Brando
Those who cross the family must be punished. (almost dies) (dies)
Al Pacino
I'll run the family business straight now, after I kill all these people.
THE END

Mais: http://www.rinkworks.com/movieaminute/

segunda-feira, junho 18, 2007

Quando o Inverno Chegar


Peça em cena no S. Luís até dia 30 deste mês.

3 homens (Emil, Hans e Melchior) vivem uma saudável harmonia num sanatório, encontraram o equilíbrio perfeito. Sonham sair do sanatório apenas para mentir a si próprios, já que cada um faz por manter a febre nunca abaixo dos 38,4.

Esta harmonia é subitamente interrompida por Lena, una inocente rapariga em fim de linha.

Uma peça sobretudo acerca da solidão e da espera. Do conforto da solidão e da comodidade da espera.

Texto corrido (por vezes demasiado adornado) com rasgos de brilhantismo. Excelentes interpretações dos 4 personagens; destaque para Gonçalo Waddington e para Beatriz Batarda que com a sua singela candura “rouba” muitas cenas aos demais protagonistas.

quarta-feira, junho 06, 2007

Post em atraso

Grande festa do Gato. Só um pequeno reparo; Da Vinci é que não. Tudo o resto... do ca****o!

Post em atraso

A reportagem da "Revista" sobre as crianças do bairro da Falagueira e do Alcântara Residence é verdadeiramente sublime.
Demonstra a ausência de raciocínio, de preocupações, de ideias... enfim de ausência de quase tudo.
Na parte do inquérito duas pérolas sobram.
A do rapaz que admira o RAP e o Francisco Louça mas cujo maior sonho é ter um iate.
A de outro rapaz que afirma peremptóriamente (certamente bem doutrinado pelo patriarca) que os deputados são todos uns bandidos e que o governo é a melhor coisa que aconteceu a Portugal (esquece lá isso da maioria absoluta pá).
A ler, sem dúvida.

Valsa Negra



Livro de 2003, mas para mim a surpresa de 2007.

Escrita muito cínica, em muitos momentos cáustica.

Não é um livro à medida de quem gosta dos impressionistas, onde tudo é bonito e bucólico.

O lado errado da noite / 40h-24h=16h

(Foto roubada aqui)

A minhas mais recentes 8 horas à solta na selva, sempre na perspectiva de salvar o mundo, foram sem dúvida as mais calmas que cumpri até agora. É evidente que o facto de terem sido saldadas no dia da greve "adorava ter sido mesmo" geral teve a sua influência. A heroína é um full-time job como qualquer outro, também ele sujeito a festividades sindicais. A nível individual, destacou-se a belíssima disposição de W. Depois de uma semana difícil, parece que o marido, o rei da Playstation, tem andado pelo Cais do Sodré cheio de jovialidade e alegria. Compreende-se. Para desfrutar os prazeres do Verão, ter um braço maior que o outro não há-de ser determinante. Já em relação à heroin house em Benfica que temos visitado religiosamente as coisas continuam numa paz e tranquilidade santa. O Copacabana Palace do cavalo. É chegar, trocar as seringas, distribuir preservativos e ouvir pérolas de sabedoria. «Então K?... hoje está pouco falador... está num dia não?». «Quando não tenho nada para dizer fico calado». Vai buscar.

segunda-feira, junho 04, 2007

A mentira bonita

Dentro de toda a genial idiotice e de todos os hilariantes momentos de genuíno burlesco, o excelente "Bowfinger" é, na verdade, uma sentida homenagem ao cinema. Aos filmes propriamente ditos, como arte e ofício, como sonhos.

Escrito e protagonizado pelo e-x-c-e-l-e-n-t-e Steve Martin, o filme de Frank Oz apresenta ainda um Eddie Murphy vintage, talvez no seu melhor papel... (e tomem lá um bold statement) da carreira.

Chega a ser comovente ver aquele realizador série Z completamente falido, tal qual D. Quixote contra os moinhos de vento, a tentar fazer o seu filme de uma forma desenfreadamente apaixonada. Um descontrolo só visto. A comédia de Frank Oz é mesmo das melhores coisas que o género apresentou nos últimos anos e das maiores injustiças que o box-office europeu cometeu em tempos recentes. Um pequeno tesouro ignorado que faz lembrar o que aconteceu ao fantástico Batista da Argentina em 86 ou ao fabuloso Colombo do Milan dos 3 holandeses. Em qualquer dos três casos a história foi madrasta e não o deveria ter sido. Fica este post.

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